domingo, 11 de novembro de 2018

REFLETINDO A PALAVRA - Homilia do 32º Domingo Comum (11.11.18)

Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista
Homilia do 32º Domingo Comum (11.11.18)
Deus que vê os pequenos

A falsa religião
No evangelho de Marcos 12,38-40, Jesus alerta contra os doutores da lei. Eram eles que ensinavam e interpretavam a lei de Deus. Seu ensinamento era acompanhado da vaidade pessoal e da falta completa de coerência: “Eles gostam de andar com roupas vistosas, de serem cumprimentados nas praças públicas. Gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes” (Mc 12, 38). Atualmente há uma tendência muito forte na Igreja para a exterioridade e, pior ainda, dão a isso valor como o mais importante. Com isso se sentem superiores aos demais. Por outro lado, depois de ensinarem a Palavra, tornam-se ladrões explorando as pobres viúvas, “fingindo fazer longas orações”. Temos também o problema de pessoas religiosas que levam vida dupla. E querem dar normas aos demais. O Papa Francisco fustiga esse tipo de religião. As grandes crises que a Igreja vive no momento provêm da falsa religião. Não podemos usar os símbolos religiosos, como batinas e ritualismo, para cobrir nossa falta de personalidade. Nada contra os símbolos. Mas não podem ser instrumento de poder nem de falsa religião.
A riqueza da pobreza
           Junto a esse texto, o evangelista faz o ensinamento sobre a verdadeira religião: a força da fé dos pobres. Creem com totalidade de vida, pois a entregam Deus na segurança da fé. A cena é curiosa: Jesus está sentado no templo diante do cofre. Ali ricos depositavam grandes quantias. Veio uma pobre viúva e colocou duas moedas sem valor. Chama os discípulos e lhes diz que ela deu mais do que todos. Nesse dia passará fome, pois deu tudo. O ensinamento é claro: “Todos deram o que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu aquilo que possuía para viver” (Mc 12,42-44). Podemos recolher o ensinamento: Deus nos quer por inteiro. Nada pode sobrar. A entrega deve ser total e sem retorno. Diferentemente dos outros que deram o resto a Deus, ela deu tudo. É o testemunho da mulher da primeira leitura. Elias pede ajuda a uma pobre. Ela divide com ele o que era para viver e tem como resposta que daí para frente quem cuida é Deus. “A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias” (1 Rs 17,16). Deus não quer resto. A entrega a Deus deve ser total. É comum se ouvir de pessoas de classe alta que são católicos, mas não aceitam tudo.
Uma vez por todas
           A Carta aos Hebreus, refletindo sobre Cristo, Sumo Sacerdote, abre-nos um leque de reflexão também sobre a realidade de cada pessoa que se une a Cristo em seu sacerdócio. Não se trata aqui de padres e bispos, mas de cada fiel que participa desse sacerdócio. O sacrifício de Cristo, diferentemente dos sacrifícios reparadores do Antigo Testamento, foi único e uma vez por todas. Assim também a ação de entrega total de si, como vimos nas pobres viúvas dos textos desse domingo, realizam sua união a Cristo uma vez por todas. Cristo aceita nossa entrega, não pela quantidade, mas pela totalidade. Somente vivendo em totalidade que podemos entender o Mistério de Cristo.
Leituras 1Reis 17,10-16. Salmo 145; Hebreus 9,24-28;Marcos 12,38-44.


Ficha nº 1804 - Homilia do 32º Domingo Comum (11.11.18)

   1. Jesus recusa a religião exterior que esconde a maldade.
2. O exemplo da viúva pobre ensina que a entrega a Deus deve ser total.
3. Cristo nos salvou uma vez por todas. O que fazemos nos une a essa doação total.


Viúva sabia administrar a vida.

           Dizem ser difícil misturar as coisas do Céu com as da terra. Mas a velhinha muito pobre soube fazer um negócio das Arábias: comprar o Céu com duas moedinhas que não valiam nada. O que se exigia de fato era o valor do negócio: Dou minha vida inteira e recebo tudo o que Deus tem para me oferecer. Maravilhoso negócio: Ter tudo por nada, porque deu tudo. O que vale é o tudo e não o valor das moedas. Estas valiam pelo que significavam: a vida.
           É uma chamada: ou damos tudo ou não pegamos nada. Deus não quer o que “sobra” como faziam os ricos. Parece que Deus não está nada interessado em ser saco de lixo: se não tem mais valor, vai para Ele.
           Na força desse ensinamento podemos compreender o que significa seguir Jesus. Ele também se entregou por inteiro dando a vida. Tinha em troca a certeza que Deus o acolhia.

–■COMECE O DIA FELIZ!■–- Jesus Cristo, Senhor nosso embora sendo rico, para nós se mostrou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).


Uma viúva pôs na caixa duas moedinhas.
Tudo o que tinha!
– ONU 
 TRANSFORMANDO NOSSO MUNDO: A AGENDA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUNTENTÁVEL 
 N O V E M B R O  PREVENÇÃO SEM PRECONCEITO  
 GARÇA/SP, 11 DE NOVEMBRO DE 2018 (domingo) 315º dia do ano 
DESEJAMOS QUE TENHA UM BOM DIA!
COMECE O DIA FELIZ!

 Pensamento do Dia 
SUCESSO NÃO É O FINAL, FRACASSO NÃO É FATAL: É A CORAGEM PARA CONTINUAR QUE CONTA.
(Winston Churchill)

 Datas Comemorativas 
DIA DO SOLDADO DESCONHECIDO
DIA DO RECORDISTA
DIA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CAMBATE À SURDEZ
DIA NACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO ZUMBIDO
DIA DO ARMISTICIO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
DIA MUNDIAL DO MATERIAL BÉLICO DA AERONÁUTICA
SEMANA NACIONAL DE PREVENÇÃO DO CÂNCER BUCAL

Dia do ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DAS CIDADES (ou Município): Mangaratiba (Rio de Janeiro) Nova Russas - Reriutaba (Ceará) Anaurilândia - Bandeirantes - Ivinhema - Jateí - Pedro Gomes (Mato Grosso do Sul) Areia Branca (Sergipe) Boca da Mata (Alagoas) Guairaçá - Miraselva - Planalto (Paraná) Luciára - Nobres - Porto dos Gaúchos (Mato Grosso) Água Limpa - Itaberaí (Goiás) Alvorada - Lizarda (Tocantins) Bom Jesus das Selvas - Governador Newton Bello (Maranhão)Rio Novo do Sul - São José do Calçado - Viana  (Espírito Santo) Lacerdópolis - Massaranduba (Santa Catarina)

Dia do ANIVERSÁRIO DE: CIDINHA DEPIERI (Prima Cambé /PR) RAFAEL RUIVO GATTI (Sabatini & Gatti Ltda. - Garça /SP) Michelle Fagundes (Garça /SP) ROBERTO GODOI (Garça /SP) clóvis romano neto (Garça /SP) LUIZ CARLOS FACINA (Garça /SP) josmar ferreira souto (Garça /SP) VERA LUCIA DURÃES (Garça /SP) Auro Shinji Kazedani (Garça /SP) SILVIO CAVALHEIRO (Garça /SP) Gustavo Cabrini (Garça/SP) Vinícius De Castro Daun Do Nascimento (Garça/SP)

 Santo do Dia 
SÃO MARTINHO DE TOURS
Martinho (atual Hungria, 316-397), filho de pagãos tornou-se cristão e, mais tarde, sacerdote e bispo de Tours, onde se fez apóstolo das populações rurais. Fundou, na França, o primeiro mosteiro do Ocidente. Sua obra pastoral, litúrgica e monástica merece destaque na história da Igreja de Gália.  

- Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3).
A Palavra de Deus nos convida a contemplar o gesto de duas pobres viúvas: a hospitalidade da primeira é recompensada por Deus, e a generosidade da segunda é elogiada por Jesus, o qual, ao mesmo tempo, adverte que a religião não pode tirar do pobre o sustento. Queremos neste dia, bendizer o Senhor, que ensina à sua Igreja o significado salvífico da doação, faz justiça aos oprimidos e dá alimento aos famintos.
Oração
PAI, INSTRUI-ME COM TUA SABEDORIA, PARA QUE EU SAIBA AVALIAR OS GESTOS HUMANOS COM PARÂMETROS DIVINOS, E ASSIM SER CAPAZ DE PERCEBER O QUE É INVISÍVEL AOS NOSSOS OLHOS.”
Direitos reservados - Essa oração foi retirada do link: http://liturgia.catequisar.com.br/

Oração do dia
Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Direitos reservados - Essa oração foi retirada: Liturgia Diária ano XXVII nº 323

Leituras
11/11/2018 Domingo da 32ª Semana do Tempo Comum
A Palavra de Deus tem como centro a pessoa de Jesus, que se oferece inteiramente por amor e nos ensina a agir sempre com confiança e generosidade diante das necessidades.

1ª Leitura (1Rs 17,10-16) – A viúva, do seu punhado de farinha, fez um pãozinho e o levou a Elias. Leitura do Primeiro Livro dos Reis:
Pistas para a reflexão: O profeta Elias pede água e comida a uma viúva pobre. A mulher repartiu tudo o que tinha, todos comeram e ainda sobrou; a farinha não acabou nem o azeite diminuiu. Onde há partilha, nunca faltará o básico para uma vida.

Naqueles dias, 10Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: “Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber”.
11Quando ela ia buscar água, Elias gritou-lhe: “Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão”.
12Ela respondeu: “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para comermos e depois esperar a morte”.
13Elias replicou-lhe: “Não te preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um pãozinho e traze-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra’”.
15A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias.
Palavra do Senhor!  - Graças a Deus.

Salmos
Salmo responsorial 145 (146)
Bendize, minh' alma, bendize ao Senhor!


2ª Leitura (Hb 9,24-28) – Cristo foi oferecido uma vez, para tirar os pecados da multidão. Leitura da Carta aos Hebreus:
Pistas para a reflexão: Na antiga aliança, o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no santuário para oferecer o sacrifício em expiação pelos pecados do povo. Na nova aliança, Jesus entrou no santuário celeste para sempre, eliminando o pecado da humanidade e dispensando sacrifícios para a purificação.

24Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor.
25E não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo sacerdote que, cada ano, entra no Santuário com sangue alheio. 26Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27O destino de todo homem é morrer uma só vez e, depois, vem o julgamento. 28Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam.
Palavra do Senhor!  - Graças a Deus.

Evangelho do dia
11/11/2018 Domingo da 32ª Semana do Tempo Comum
Pistas para a reflexão: O texto apresenta duas partes: a censura aos entendidos em leis, que utilizam o saber para manipular e explorar o pobre, e a oferta da viúva pobre, que doa mais do que pode. Normalmente, vemos no episódio apenas a generosidade da viúva, mas as palavras de Jesus sugerem também uma crítica à exploração realizada contra os pobres (vias fé, via religião).
Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. - (Mc 12,38-44)

Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Jesus Cristo, Senhor nosso embora sendo rico, para nós se mostrou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9).
Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas; 39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”.
41Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada.
43Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”.
Palavra da Salvação!  - Glória a vós, Senhor.


Comentário do Evangelho
Texto de: Antônio Carlos Santini,
da Comunidade Católica Nova Aliança..
Conteúdo publicado em http://www.novaalianca.com.br   
Liturgia comentada
“Cuidado com os escribas!” (Mc 12,38-44)

Este alerta de Jesus não tem a intenção de nos deixar precavidos em relação aos escritores. Nada disso! O Mestre simplesmente aponta para o exibicionismo dos sábios doutores da Lei de sua época, sua busca de honrarias e aplausos. Se os escribas vivessem hoje, certamente estariam brilhando na TV e nas academias, onde o vírus da vaidade causa suas epidemias...

Um dos Padres da Igreja, São João Clímaco [Séc. VII] também tratou deste tema:

“Todo amigo da ostentação é vaidoso”. Se prestares atenção, notarás que até o túmulo prolifera a vanglória, seja nas vestes, nos perfumes, no séquito dos servidores ou em outras coisas.

A vanglória torna orgulhosos aqueles que são honrados, e rancorosos os que são desdenhados. Um espírito elevado suporta a injúria com coragem e alegria, mas é preciso ser um santo e bem-aventurados para passar sem prejuízo em meio aos louvores.

Muitas vezes Deus esconde aos nossos olhos as virtudes que adquirimos. Mas aquele que nos elogia, ou antes nos engana, abre nossos olhos com os seus louvores e, quando nossos olhos se abrem, dissipa-se nosso tesouro.

Não confies no tentador que te sugere fazer propaganda de tuas virtudes para a edificação do próximo. Nada edifica tanto os outros quanto os modos humildes e sinceros e as palavras verdadeiras, pois isto os ajuda a jamais se orgulharem.

Quando nossos bajuladores, ou antes nossos sedutores, começam a nos elogiar, devemos trazer brevemente à memória a multidão de nossos pecados, e então nos reconheceremos indignos daquilo que se diz ou se faz em nossa honra.

O jejum do vaidoso não tem recompensa, e sua oração é sem proveito, porque ele os faz para ser louvado pelos homens. O vaidoso é um crente idólatra: ele parece honrar a Deus, mas busca agradar aos homens, e não a Deus.

Por certo, os vaidosos às vezes dirigem a Deus orações que merecem ser atendidas, mas o Senhor costuma prevenir-se contra suas preces e seus pedidos, temendo que, ao verem atendidas as suas orações, aumentem ainda mais o seu orgulho.

“Com frequência, o Senhor reconduz os vaidosos de sua vanglória por meio de alguma humilhação que lhes acontece.”

Se examinarmos nosso passado, talvez identifiquemos algumas humilhações que doeram, na época, mas foram excelente remédio receitado pelo Senhor...

Orai sem cessar: “O Senhor abate a árvore alta e exalta a árvore baixa”. (Ez 17,24)

 Reflexão - A pobreza exige pureza de intenção e generosidade. Consciência, "epicentro" da moral
 Direitos reservados: Rev. D. Enric PRAT i Jordana
(Sort, Lleida, Espanha)
Hoje—  em contraste evidente com os mestres da lei, o Evangelho nos apresenta o gesto simples, insignificante de uma mulher viúva que suscitou a admiração de Jesus. O valor do donativo era quase nulo, mas a decisão daquela mulher era admirável, heroica: Deu tudo o que tinha para viver.

Nesse gesto, Deus e os outros passavam diante dela e das suas próprias necessidades. Ela permanecia totalmente nas mãos da Providencia. Jesus valorou o esquecimento de si mesma e o desejo de glorificar a Deus e de socorrer os pobres, como o donativo mais importante de todos os que se tinham feito —talvez ostentosamente —no mesmo lugar.

—A opção fundamental e de salvação tem lugar no núcleo da própria consciência, quando decidimos nos abrir a Deus e viver a disposição do próximo; o valor da eleição não é dado pela qualidade ou quantidade da obra feita, senão pela pureza da intenção e a generosidade do amor.

– Leitura Orante 
Autor: Paulinas
Conteúdo publicado em http://liturgia.catequisar.com.br   
Paulinas - Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.
ORAÇÃO INICIAL

Liturgia do 32º domingo do Tempo Comum.
Motivados pelo exemplo da pobre viúva que depositou duas moedas no cofre do Templo, somos convidados neste dia a tornar a nossa vida uma oferta generosa aos irmãos e a entregar tudo nas mãos de Deus.
Para bem acolhermos a Palavra em nossa vida, peçamos: “Ó divino Espírito, ensina-me tudo quanto Jesus ensinou. Dá-me inteligência para entender; memória para lembrar; vontade dócil para praticar; coração generoso para corresponder aos teus convites. Amém.”

1 - Leitura (Verdade)  O que a Palavra diz? (O que diz o texto) O que diz o texto? Quais palavras do Evangelho mais chamaram sua atenção? A quem Jesus se dirige? Qual é o contexto da narrativa? Qual ensinamento Jesus nos transmite com o exemplo da viúva? Qual é a crítica feita por Jesus?
“No evangelho, Jesus ensina no Templo de Jerusalém. Ele adverte as pessoas contra o modo de se comportar dos escribas. Esse alerta mostra a distância que separa Jesus desse grupo influente do seu tempo. Ostentação, aparência, honrarias e exploração dos pobres e indefesos são as marcas dos escribas; isso tudo faz com que Jesus dirija uma dura crítica a eles no capítulo 23 de Mateus, denunciando-os como hipócritas, como túmulos caiados que são bonitos por fora, mas cheios de ossos podres por dentro. Os discípulos devem se precaver contra a tentação de imitá-los, pois o serviço generoso é marca do discípulo de Cristo. Em contrapartida, Jesus, junto ao cofre do templo, observa as pessoas que lá vão para depositar a sua oferta. Vê uma mulher, pobre e viúva, que deposita apenas algumas moedas. Talvez ninguém fizesse caso daquela viúva. Jesus, no entanto, utiliza o exemplo da mulher que deposita sua oferta no cofre do Templo como um modelo a seguir. A viúva, na sua pobreza, e aos olhos de Deus, superou todos os ricos que ofertavam de sua abundância, pois ela ofertou somente duas moedinhas, tudo o que possuía; sua entrega é maior e mais autêntica. Essa consideração de Jesus é muito consoladora, pois revela que o Senhor não nos julga pela quantidade de nossos dons, mas vê a generosidade de nosso coração. A atitude da viúva pobre é um modelo a ser imitado na vida cristã: a santidade a ser desejada por todos é a capacidade de entregar tudo nas mãos de Deus” (Carlos Alberto Contieri, sj, em “A Bíblia dia a dia”, da Paulinas Editora).

2 - Meditação (Caminho) – Qual palavra mais me toca o coração? (O que a Palavra me leva a experimentar) O que o texto diz a você, à sua vida? De que forma o gesto da pobre viúva nos serve de exemplo? Sabemos ofertar o que temos e partilhar o que somos com generosidade? Você confia na providência de Deus?
“A viúva do Evangelho (…) é vista como atitude interior de quem funda a própria vida em Deus, na sua Palavra, e confia totalmente n’Ele. A da viúva, na antiguidade, constituía em si uma condição de grave necessidade. Por isso, na Bíblia, as viúvas e os órfãos são pessoas das quais Deus se ocupa de modo especial: perderam o apoio terreno, mas Deus permanece o Esposo delas, o seu Pai. Contudo, a escritura diz que a condição objetiva de necessidade, neste caso o fato de ser viúva, não é suficiente: Deus pede sempre a nossa livre adesão de fé, que se expressa no amor por Ele e pelo próximo. Ninguém é tão pobre que não possa dar algo” (Bento XVI).
3 - Oração (Vida)  O que a Palavra me leva a dizer a Deus? (preces e orações com base no texto) “Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos. Vinde ao nosso encontro e guiai os nossos passos para seguir-vos e amar-vos na comunhão da vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando a nossa cruz, e ungidos por vosso envio. Dai-nos sempre o fogo do vosso Santo Espírito, que ilumine as nossas mentes e desperte em nós o desejo de contemplar-vos, o amor aos irmãos, especialmente aos aflitos, e o ardor por anunciar-vos. Discípulos e missionários vossos, nós queremos remar mar adentro, para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante e construam com solidariedade a fraternidade e a paz. Senhor Jesus, vinde e enviai-nos! Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém” (Bento XVI, 2007).

4 - Contemplação (Vida e Missão)  Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? (proposta para viver o evangelho hoje) O que o texto diz a você? Como você acolhe as palavras e os ensinamentos de Jesus em sua vida?

BÊNÇÃO
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.