domingo, 28 de julho de 2019

Homilia do 17º Domingo Comum-Padre Luiz Carlos de Oliveira

Pe. Luiz Carlos de OliveiraRedentorista

“Jesus estava rezando”

Eu gritei e me escutastes
         A vida espiritual acontece dentro das condições humanas que nos assustam e ao mesmo tempo nos maravilham por sua presença em nosso cotidiano. Temos o sentimento de distância de Deus, ao mesmo tempo sentimos a necessidade de um contato mais aberto e próximo a partir da condição humana. Assim vencemos a barreira do medo da divindade. Jesus com seu exemplo e ensinamento nos ensina pedir com insistência, com a parábola do amigo chato que pede pão para seu hóspede. Insiste tanto que acaba tirando o amigo de seu sossego conseguindo o que precisa. Os evangelistas nos trazem muitos momentos nos quais Jesus faz suas orações. Os discípulos veem Jesus rezar. Isso deve ter marcado muito suas vidas. Pedem a Jesus que os ensine a rezar como João ensinara seus discípulos. Jesus dá a instrução, oferecendo um pequeno texto no qual está presente uma síntese do conteúdo. A oração escrita ou decorada é enriquecida de temas que nos abrem as portas do Céu. Os textos usados na liturgia salientam a oração de petição. Deus sabe o precisamos, mesmo antes de Lho pedirmos. Primeiramente a oração está ligada ao profundo de nosso coração que suplica, pede, insiste com uma confiança ilimitada. Abraão (Gn 18,20-32) conversa com Deus ao modo de um negociante e o freguês. Conversar o preço. Santo Afonso, doutor da oração, diz que rezar é falar com Deus como um amigo fala com o amigo. A urgência nos leva também a tratar Deus como um amigo muito íntimo. O Antigo Testamento mostrava um Deus exigente. Jesus ensina a oração do Pai Nosso. Era o seu modo de rezar.
Oração é riqueza
           Jesus ensina seu modo de falar com o Pai. O amigo pode se cansar e, com enfado,  dar o pão que o amigo necessita.  Jesus dá o exemplo de confiar as coisas nas mãos de Deus. Ele é o bom Pai e nos ensina a fazer como Ele faz. E mostra que em todas as coisas, o Pai é melhor que nós que somos maus. É imediata a resposta a nossa oração. Jesus sabia como o Pai ouvia sua oração: “Pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. Quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, a quem bate, se abrirá” (Lc 11,1-13). Afirma também e, com certeza, que Deus dará tudo o que nosso coração pede. Jesus lembra ainda que nós fazemos tudo bem. Assim não daremos “outras coisas” aos filhos, mesmo nós que somos maus. Sabemos o que os filhos precisam: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem” (Lc 11,11-13). O final do texto parece desmontar a palavra de Jesus. Tudo que pedirmos receberemos. Paulo nos coloca a grande verdade do Cristo que realizou nossa redenção.
Direito de pedir
            Por que o texto muda a direção afirmando que o Pai dará Espírito Santo aos que o pedirem. Nós sabemos dar coisas boas. O Pai supera a todos, dando o que lhe é o bom, o Espírito Santo.  O Pai deu-nos o direito de receber o Dom maior que é o Espírito Santo. Com Ele nos dá todas as coisas. A atitude de pedir ao Pai significa que estamos fazendo o caminho permanente da redenção que o Pai realiza em nós. O salmo descreve a ação de graças pelos benefícios recebidos, sempre maiores que nossos pedidos. Agradece pelo amor com que fomos tratados. Temos um pedido especial a fazer: “completai em mim a obra começada. Senhor, vossa bondade é para sempre”... Lembramos que Deus quer estar conosco. Quer falar conosco como a filhos queridos que pedem sobretudo o Espírito.
Leituras: Gênesis 18,20-32; Salmo 137; Colossenses 2,12-14; Lucas 11,1-13

Ficha nº 1872 - Homilia do 17º Domingo Comum (28.07.19)

1. Deus sabe o que precisamos, mesmo antes de Lho pedirmos.
2. Ele é o bom Pai. Ele nos ensina a fazer como Ele faz.
3. O Pai supera a todos, dando o que lhe é o bom, o Espírito Santo. 

Deus ama o chato

           Encontramos sempre novos caminhos para o conhecimento de nossa fé. Mesmo tendo ensinado que a pureza e a sublimidade da oração, Jesus ensina a viver a fé e a segurança em Deus. Jesus ensina como modelo e que oferece sempre novos meios que vão entrando no povo de Deus. É o que vemos hoje em seu ensinamento. Primeiro dá o exemplo, depois dá em testamento seu modo de orar, que é o que ensina aos discípulos.
           Primeira regra é ter coragem de buscar o que precisa. E dá o exemplo do amigo que bate à porta do amigo para lhe dar pão a sua visita. É um diálogo constrangedor.
           Jesus dá o modelo de sua oração: pedir insistentemente. O camarada é chato e consegue o que quer. Mesmo que o outro dê o pão para satisfazer a necessidade do amigo, mostrou que nossa oração deve ser insistente. Certamente a parábola é o que acontecia
 em sua vida humana. Deus garante que é bondoso. Nem precisa tanto empenho.
           Por isso Jesus quer ser sempre buscado para realizar as nossas verdadeiras necessidades. Não reclame depois, querido Pai, se soubermos aproveitar esta chance.


–■COMECE O DIA FELIZ!■–Pedi e recebereis. - (Lc 11,1-13)



– ONU # UNESCO
 2019: ANO INTERNACIONAL DAS LÍNGUAS INDÍGENAS 
 2019: O ANO INTERNACIONAL DA TABELA PERIÓDICA 
 J U L H O MÊS DA ALFABETIZAÇÃO 
 GARÇA/SP, 28 DE JULHO DE 2019 (domingo) 208º dia do ano 
DESEJAMOS QUE TENHA UM BOM DIA!
COMECE O DIA FELIZ!

 Pensamento do Dia 
A MEDIDA DA VIDA NÃO É A SUA DURAÇÃO, MAS A SUA DOAÇÃO.
(Peter Marshal)

 Datas Comemorativas 
 DIA DO AGRICULTOR
 DIA MUNDIAL DAS HEPATITES
 DIA DA PLATÉIA    

Dia do ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DAS CIDADES (ou Município): Cristais Paulista - São Caetano do Sul (São Paulo) Araçagi - São José da Lagoa Tapada (Paraíba) São José da Laje (Alagoas) Araguacema -Tocantinópolis (Tocantins) Campo Formoso - Coronel João Sá - Gandu - Itabuna - Paulo Afonso - Pedro Alexandre - São Gonçalo dos Campos (Bahia) Mamborê - Nossa Senhora das Graças - Santa Cecília do Pavão (Paraná) Pastos Bons - Pindaré-Mirim (Maranhão)

Dia do ANIVERSÁRIO DE: GENICLEIDE DA SILVA (Adamantina /SP)MARLENE ROSA NUNES (LC2-Lions Clube de Imirim /SP)MIRIAM PEREIRA MARINELLO (Lions Clube de Bauru Estoril /SP)ANTONIO CARLOS GIMENEZ (Lions Clube de Bauru Bela Vista /SP)EDILENE SANTOS (Lions Clube de Bauru Norte /SP)MARCOS CAFEO (Lions Clube de Agudos /SP) ) JOSE MONTEIRO DA SILVA MONTEIRO (PDG-DLC-4 - AL 2014/2015-LC Belo Horizonte /MG)MARCELO HENRIQUE MEDEIROS (Garça /SP)MARCOS A. RASQUEL (Garça /SPPE.  JOSÉ RIBEIRO DA SILVA (Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Flórida Paulista /SP)FABIO COELHO (Três Marias /MG) .
Dia do ANIVERSÁRIO DE  ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO : Fr. JOAQUIM CAMILO ALVES, OFMó (Vigário Paroquial de Nossa Senhora de Fátima de Marília /SP)

 Santo do Dia 
SÃO NAZÁRIO e SÃO CELSO
■ SANTO INOCÊNCIO I

Na liturgia diária fazemos um encontro pessoal com Deus nos colocando a disposição para ouvir seus ensinamentos.
A PALAVRA DE DEUS EM MINHA VIDA
- Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36).
“VER JESUS, CAMINHO, VERDADE E VIDA PLENA!”
■ Na Eucaristia descobrimos o rosto amoroso de Deus, nosso Pai, sempre inclinado a nos acolher e socorrer. Ele nos reúne como filhos e filhas para a oração, a escuta da Palavra e a partilha do Pão. Celebremos o mistério pascal de Jesus, que nos alcançou a ressurreição e é o Mestre que nos ensina a rezar com confiança e perseverança.
– Oração 
ESPÍRITO QUE DESPOJA DO EGOÍSMO, SINTONIZA-ME COM A MISERICÓRDIA DO PAI, TIRANDO DE MIM TUDO QUANTO ME FECHA NOS ESTREITOS LIMITES DE MINHAS AMBIÇÕES PESSOAIS.
Essa oração foi retirada do link: http://liturgia.catequisar.com.br/

– Oração do dia 
 Senhor, Deus de nossos pais, que concedestes a são Joaquim e santa Ana a graça de darem a vida à mãe do vosso Filho, Jesus, fazei que, pela intercessão de ambos, alcancemos a salvação prometida a vosso povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Direitos reservados - Essa oração foi retirada: Liturgia Diária ano XXVIII nº 325

– Leituras 
– 17º Domingo do Tempo Comum 28 de julho de 2019
Pondo-nos na presença de Deus, ouçamos o que sua Palavra tem a nos comunicar. Ele, que nos deu vida nova no batismo, também se dá a conhecer a nós como Pai misericordioso que sempre nos escuta e nos oferece o bem.

1ª Leitura - (Gn 18,20-32) - Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar. – Leitura do Livro do Gênesis

Naqueles dias, 20o Senhor disse a Abraão: “O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado. 21Vou descer para verificar se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim”.
22Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor.
23Então, aproximando-se, disse Abraão: “Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? 24Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso irias exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinquenta justos que ali vivem? 25Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?”
26O Senhor respondeu: “Se eu encontrasse em Sodoma cinquenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira”.
27Abraão prosseguiu dizendo: “Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu, que sou pó e cinza. 28Se dos cinquenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?”
O Senhor respondeu: “Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos”.
29Insistiu ainda Abraão e disse: “E se houvesse quarenta?”
Ele respondeu: “Por causa dos quarenta, não o faria”.
30Abraão tornou a insistir: “Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?”
Ele respondeu: “Também não o faria, se encontrasse trinta”.
31Tornou Abraão a insistir: “Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?”
Ele respondeu: “Não a iria destruir por causa dos vinte”.
32Abraão disse: “Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?”
Ele respondeu: “Por causa dos dez, não a destruiria”.
Palavra do Senhor!  - Graças a Deus.

– Salmos 
Salmo responsorial  137(138)
Naquele dia em que gritei,/ vós me escutastes, ó Senhor!

2ª Leitura - (Cl 2,12-14) - Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados. – Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:

Irmãos: 12Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos.
13Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados.
14Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz.
Palavra do Senhor!  - Graças a Deus.

Evangelho do dia
17º Domingo do Tempo Comum 28 de julho de 2019
Pedi e recebereis. - (Lc 11,1-13)

Aleluia, Aleluia, Aleluia.
- Recebestes o Espírito de adoção; / é por ele que clamamos: Abá, Pai! (Rm 8,15) 
Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
Glória a vós, Senhor.
1Jesus estava rezando num certo lugar. Quando terminou, um dos seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”.
2Jesus respondeu: “Quando rezardes, dizei: ‘Pai, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. 3Dá-nos a cada dia o pão de que precisamos, 4e perdoa-nos os nossos pecados, pois nós também perdoamos a todos os nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação’”
5E Jesus acrescentou: “Se um de vós tiver um amigo e for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: ‘Amigo, empresta-me três pães, 6porque um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’, 7e se o outro responder lá de dentro: ‘Não me incomodes! Já tranquei a porta, e meus filhos e eu já estamos deitados; não me posso levantar para te dar os pães’; 8eu vos declaro: mesmo que o outro não se levante para dá-los porque é seu amigo, vai levantar-se ao menos por causa da impertinência dele e lhe dará quanto for necessário.
9Portanto, eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto. 10Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; e, para quem bate, se abrirá.
11Será que algum de vós, que é pai, se o filho lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 12Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?
13Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo aos que o pedirem!”
Palavra da Salvação!  - Glória a vós, Senhor. 


– Comentário do Evangelho 
Autor: Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova
Conteúdo publicado em http://homilia.cancaonova.com/ 

“Oração é intimidade com o Pai”
 “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”
(Lucas 11,1).
O Mestre é aquele que ensina seus discípulos a viverem. Na escola da salvação, para nos relacionarmos com o Mestre, para nos relacionarmos com Deus, precisamos aprender a rezar, a nos comunicar, a orar, a nos voltarmos para Deus. Por isso, um dos discípulos estava pedindo: “Mestre, ensina-nos a rezar”.
Jesus passava boa parte do tempo vivendo essa relação amorosa com o Seu Pai, e os discípulos também queriam aprender. E Jesus vai nos ensinando, na escola d’Ele, como se deve rezar, Somos seus discípulos e precisamos aprender com Ele a rezar. Sejamos muito humildes, sinceros, verdadeiros e autênticos: não sabemos rezar.
A oração é uma volta ao Pai. Quantas vezes nós chamamos Deus de Pai? Quantas vezes a nossa oração é dirigida a Ele? Aprendemos a rezar aos santos, às devoções e práticas, mas oração é intimidade com o Pai. A maturidade da oração é sairmos da oração infantil e partirmos para a oração de filhos que têm Deus como Pai, falam com o Pai, suplicam ao Pai, pedem ao Pai e, sobretudo, honram o nome d’Ele, santificam, glorificam e exaltam-no.
Quando honramos o nosso Pai, quando suplicamos a Ele, quando nos colocamos no colo d’Ele, pedimos o que queremos, suplicamos que Ele envie a nós o Seu Reino, suplicamos que nos dê o pão de cada dia, que nos livre do mal, da tentação, do maligno, e que não nos deixe cair no poder do mal.
A maturidade da oração é sairmos da oração infantil e partirmos para a oração de filhos que têm Deus como Pai.
É a oração de um filho que apresenta ao Pai tudo que o seu coração anseia, e não pode ter anseio maior para o coração de um filho do que estar no Reino do seu Pai. “Venha ao seu Reino, meu Pai. Seja feita a sua vontade. Que em tudo o Pai seja honrado”.
Sejamos filhos do Pai que está nos Céus, mesmo sabendo que não somos bons filhos, que somos maus. Até o pai que sabe que não tem filhos bons não é capaz de dar coisas más para o seu filho, imaginemos nós suplicando ao Pai, Ele não dará o Espírito Santo aos que pedirem?
O Pai tem o maior dom e deu ao Seu Filho Jesus para viver nesta Terra, esse dom se chama Espírito Santo. Se posso pedir uma coisa ao Pai, não peço nada de material, não peço nada de muito específico, eu peço ao Pai que me dê o Seu Espírito Santo.
Quem tem o Espírito, quem é dirigido e guiado por Ele tem tudo. A maior riqueza, o maior tesouro do Reino dos Céus é o Espírito. “É o Teu Espírito que nós suplicamos desde toda a eternidade. Pai amado e querido, Pai que tanto amo, venha o Teu Reino. Que o Teu Reino esteja no meio de nós pela força e pelo poder transformador do Espírito Santo”.
Deus abençoe você!
– Reflexão - O “Pai Nosso”: a 4ª petição (o pão de cada dia)
Direitos reservados REDAÇÃO  evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI) 
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, apreciamos a quarta petição do “Pai Nosso” como a mais “humana” de todas: o Senhor, que orienta nosso olhar ao essencial, ao “único necessário”, sabe também de nossas necessidades da terra e as tem em conta.

Ele, que diz aos seus Apóstolos que não fiquem angustiados pela vida pensando em que vão a comer, agora nos convida a pedir nossa comida. O pão é “fruto da terra e do trabalho do homem”, mas a terra não dá fruto se não recebe desde lá de cima o sol e a chuva. Esta combinação das forças cósmicas que escapa de nossas mãos se contrapõe À tentação de nosso orgulho, de pensar que podemos dar a vida por nós mesmos ou só com nossas forças.

—Aqui, também, se fala de “nosso” pão: oramos na comunhão dos discípulos, na comunhão dos filhos de Deus, e por isso ninguém pode pensar só em si mesmo. Nós pedimos nosso pão, isto é, também o pão dos demais.

– Recadinho  Reflexão:
Autor: Pe. Luiz Miguel Duarte, ss
Em sua caminhada para Jerusalém, Jesus continua ensinando seus discípulos. Vendo o Mestre rezar, um discípulo lhe pede que os ensine a rezar, como os rabinos faziam. Diante da pergunta do discípulo, o Mestre lhes oferece um modelo de oração, o pai-nosso. O primeiro aspecto dessa oração é nossa filiação divina. Dirigimo-nos a Deus como a um pai. Ele é o Pai de todos nós. Além disso, o pai-nosso contém outros cinco elementos: os dois primeiros nos levam à abertura para Deus; os três últimos têm a ver conosco e com o próximo. Pedimos que o nome de Deus seja santificado, o que significa reconhecê-lo como aquele que age na história; pedimos a vinda de seu Reino, ou seja, acolhemos o projeto de Jesus. Depois disso, pedimos o que é necessário no dia a dia para uma vida digna, sem pensar em acumular; pedimos o perdão e o compromisso de reconciliação com os nossos devedores; por fim, pedimos que o Pai nos afaste das tentações que levam a abandonar o projeto de Jesus, o qual propõe uma sociedade fraterna, igualitária e solidária. A parábola nos ensina a perseverar na oração, a confiar no Pai, o qual nos oferece o Espírito para discernir o que é mais importante para a vida.

(autor: Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ss)- fonte do texto dessa página: https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria

Leitura Orante
Autor: PAULINAS
 Conteúdo publicado em http://liturgia.catequisar.com.br
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.
Mês Missionário
Tema: Enviados para testemunhar o Evangelho da paz
Lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8)
Saiba mais:

Lc 11,1-13 - Jesus ensina a orar

Liturgia do 17º domingo do Tempo Comum. Guiados pela Palavra de Deus, vamos ao encontro do Senhor, que nos convida a crescer na fé e a reconhecer que Deus é um Pai atento e generoso diante das súplicas de seus filhos.
Rezemos: “Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.”
1 - Leitura (Verdade)  O que a Palavra diz? (O que diz o texto?) - O que diz o texto? Leia-o atentamente e repita as palavras que mais chamaram sua atenção durante a leitura. Qual é o tema central do Evangelho de hoje? Qual convite o Senhor nos faz? Por que a oração é necessária?
“O texto do evangelho deste domingo é enquadrado à menção do ‘pedido’: no v. 1, ‘um dos discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a orar…’; no v. 13, é Jesus quem diz: ‘… quanto mais o Pai do céu saberá dar o Espírito Santo aos que lhe pedirem!’. O ‘pedido’ é o tema principal de nossa perícope. Qual deve, então, ser o pedido que caracteriza a súplica do discípulo? Pedido e promessa visam ao Espírito Santo. Não é, aqui, o espaço de fazermos um comentário sobre o Pai-Nosso. Basta simplesmente dizer que o que nos permite entrar no dinamismo da relação filial entre Jesus e o Pai é o Espírito Santo, que o Pai dará. Segue à oração do Pai-Nosso, que é a oração do Senhor e da comunidade que ele reúne, uma parábola (vv. 5­8) e sua interpelação para o discípulo (vv. 9­12). O que pedir? O que Deus oferece? É preciso mover a vontade e pedir insistentemente (cf. vv. 8­9), sem desanimar. A súplica é exercício de humildade e confiança. Mas o que pedir? O Pai-Nosso ilustra: pão, perdão, não ceder às tentações. Pedir não só para o indivíduo, mas para todos. Mas não é só, ou não é tudo, pois a vida do ser humano não se reduz ao imediato. Deus nos oferece gratuitamente o Espírito Santo (v. 13); Jesus sugere que nós o supliquemos ao Pai. É o Espírito Santo, Deus em nós, que ilumina nossa vida para que possamos discernir as soluções dos dramas humanos. É o Espírito Santo que nos permite entrar na intimidade divina” (Carlos Alberto Contieri, sj, em “A Bíblia dia a dia”, da Paulinas Editora).
2 - Meditação (Caminho) Qual palavra mais me toca o coração? (O que a Palavra me leva a experimentar) - O que o texto diz a você hoje? Qual mensagem o Senhor lhe comunica? 
“Jesus orava diferente. Sua oração era uma intimidade profunda com o Pai. Não era uma oração de repetições ou fria, mas brotava da sinceridade do seu coração. Os discípulos, homens de fé e de oração, sentiram que não oravam como Jesus. Então, pediram: ‘Ensina-nos a orar!’. Jesus ensina a chamar a Deus de Pai, diminuindo as distâncias e aumentando a intimidade; ensina a pedir o pão cotidiano, lembrando que tudo é providência do Pai; ensina que sem perdão qualquer oração é vazia e não chega a Deus; por fim, ensina a pedir para se livrar das tentações do inimigo. Conclui dizendo que a oração não deve se limitar aos pedidos terrenos e materiais. Assim, Deus dará a graça por excelência: o Espírito Santo!” (Frei Mário Sérgio Souza, em “Viver a Palavra”, da Paulinas Editora).
3- Oração (Vida) O que a Palavra me leva a dizer a Deus? (preces e orações com base no texto - O que a Palavra me leva a falar com Deus) - Ofereça ao Senhor os frutos da sua oração, da sua meditação e contemplação da Palavra. Apresente o desejo que brotou em seu coração e peça a graça de vivê-lo durante o dia. Faça sua prece de agradecimento ou pedido.
4 - Contemplação (Vida e Missão) Qual o meu novo olhar a partir da Palavra? (proposta para viver o evangelho hoje) - Qual é a aplicação da Palavra em sua vida? O que você se propõe a viver? Como pretende atingir esse propósito?

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.