sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Era uma vez... A FUMAÇA

A FUMAÇA
Padre Valdo Bartolomeu
Pároco da Paróquia Santo Antônio
de Junqueirópolis
“Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus...” (Rm 8,28)

            Era uma vez... um certo homem, que saiu em uma viagem de avião. Era um homem temente a Deus, e sabia que Deus o protegeria.
            Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar, um dos motores falhou e o piloto teve que fazer uma aterrissagem forçada no oceano.
            Quase todos morreram, mas o nosso homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservou em cima da água. Ficou boiando a deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.
            Chegando à praia, extenuado, porém vivo, agradeceu a Deus por esse livramento maravilhoso da morte.  Conseguiu derrubar algumas árvores e, com muito esforço, construiu uma cabana. Era um abrigo tosco, com paus e folhas, porém, significava proteção.
            Ele ficou satisfeito e, mais uma vez, agradeceu a Deus, pois podia dormir sem sobressaltos, sem medo de animais selvagens que pudessem existir na ilha.
            Havia na ilha frutas deliciosas e peixes em abundância.
            Um dia, voltando do rio, ao olhar em direção à sua casinha, qual não foi o seu assombro ao vê-la toda incendiada. As labaredas levantavam-se altas.
            Em desespero, sentou-se em uma pedra, dizendo em prantos: “Deus! como pode fazer uma coisa dessas comigo? O Senhor sabia o quanto era importante esse refúgio para mim! Deus! Por que o senhor deixou acontecer isso comigo? O Senhor não tem mesmo compaixão de mim?” Nesse mesmo momento, sentiu uma mão pousar  em seu ombro e, atônito, ouviu uma voz!:  “Vamos rapaz!! Está tudo bem!”
            Qual não foi sua surpresa ao ver um marinheiro, impecavelmente fardado, dizendo-lhe: “Viemos buscá-lo.”
            “Mas...como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?”,  diz assustado ainda o  ilhado.
            “Ora amigo”, responde o marinheiro, “vimos o fogo que você acendeu, pedindo socorro. O capitão ordenou que o transatlântico parasse e que eu viesse buscá-lo naquele barco ali adiante.
            Assim o náufrago foi para o navio que o levou em segurança, para os seus entes queridos.
Reflexão. Muitas vezes nos desesperamos diante de situações que enfrentamos. É preciso então, acalmar-se, buscar o equilíbrio em Deus, e descobrir a graça no meio da desgraça, a luz no meio das trevas.  Não é fácil, mas é o caminho da maturidade, do crescimento espiritual, da vida.
            Acredite e viverás...
            Pense nisso...

padrevaldo@outlook.com

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