Padre Valdo Bartolomeu de Santana Pároco da Paróquia Santo Antonio de Junqueirópolis padre.valdo@uol.com.br |
AS TRÊS ÁRVORES
"... E o verbo se fez
carne e habitou entre nós..." Jo 1,14
Era uma vez no alto de uma montanha,
três pequenas árvores que sonhavam o que queriam ser depois de grandes.
A
primeira, olhando as estrelas disse:
- Eu quero ser o baú mais precioso
do mundo, cheio de tesouros. Para tal me disponho a ser cortada.
A
Segunda árvore olhou para o riacho e suspirou:
- Eu quero ser um grande
navio, para transportar reis e rainhas.
A
terceira árvore olhou o vale e disse:
- Quero ficar aqui, no alto
da montanha, e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus
olhos e pensem em Deus.
Anos
se passaram e, certo dia, três lenhadores, nada ecológicos, vieram e cortaram
as três árvores, ansiosas por serem transformadas naquilo em que sonhavam.
Mas
lenhadores não costumam ouvir, nem entender de sonhos... que pena!
A
primeira árvore acabou sendo transformada num cocho coberto de feno para
animais.
A
Segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando gente e peixes
todos os dias.
E
a terceira, mesmo sonhando ficar no alto da montanha, acabou em grossas vigas e
colocada de lado num depósito.
E
as três se perguntavam desiludidas e tristes:
- Por que isto?
Numa certa noite, cheia de luz e de estrelas, em que havia
mil melodias no ar, uma jovem colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho de
animais. E, de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro
do mundo.
A Segunda árvore, anos mais tarde,
transportou um homem, que acabou dormindo no barco. Quando a tempestade quase
afundou o nosso pequeno barco, este homem levantou-se e disse: “Paz!”. E, num relance, a Segunda árvore
entendeu que estava carregando o rei do céu e da terra.
Tempos
mais tarde, numa Sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas
foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Sentiu-se horrível e
cruel. No Domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria e a terceira árvore
entendeu que nela havia sido pregado um homem para a salvação da humanidade, e
que as pessoas se lembrariam de Deus e de seu filho Jesus Cristo ao olharem
para ela.
As
árvores tinham tido sonhos... mas a sua realização foi mil vezes melhor e mais
sábia do que haviam imaginado.
Reflexão: Quando temos a coragem de
nos abandonar em Deus, a graça
acontece. Quando temos a coragem de dizer e vivenciar:
“seja feita a
vossa
vontade”, a
vida se torna plena. Faça isso... e viverás.
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