Pe. Luiz Carlos
de Oliveira
Redentorista |
“Anunciando
a Boa Notícia”
Missão
de anunciar
A
leitura do Evangelho desse domingo continua a reflexão do domingo passado,
quando contemplamos a belíssima inauguração do ministério apostólico de Jesus
na sinagoga de Nazaré. Guiado pelo Espírito Santo, proclama sua missão de
anunciar a Boa-Nova e o ano da graça, o grande jubileu. Continuando a leitura,
vemos como da admiração passam à recusa. Deixando de lado as maravilhas que viam
em Jesus, não querem admitir que Ele tenha uma missão especial de Deus, pois é
alguém do meio deles, um que eles conheciam. Nós também somos capazes de
recusar um ensinamento dado por alguém do mesmo nível que nós. Jesus mostra
essa realidade quando lembra a viúva que cuidou de Elias e o leproso
estrangeiro que foi curado por Eliseu. O fechamento pode resultar mal para nós.
Deus está aberto a todos, mas espera a abertura. Os pagãos são mais abertos do
que os que recebem a graça da ação de Deus. A recusa dos judeus vem do fato de
não verem a hora da visita de Deus.
Agiram assim porque Jesus não preenchia os requisitos da tradição que
fora criada pelos homens, não correspondendo à vontade e plano de Deus. Essa
atitude dos judeus vai levar Jesus à morte.
Eles tinham muitas ideias sobre o Messias. Havia muita curiosidade sobre
as maravilhas que esse Enviado de Deus iria demonstrar. A Palavra de Deus nos
apresenta a vocação de Jeremias que também passou por isso. Ele tem a missão de
anunciar e, é escolhido para isso desde o seio de sua mãe. Ele deve enfrentar:
“Levanta-te e comunica-lhes tudo o que eu te mandar dizer; não tenhas medo,
senão eu te farei tremer na presença deles” (Jr 1,17).
A grande recusa
Ao
final do discurso de Jesus, os judeus se enfureceram, levantaram-se, expulsaram
de sua cidade. Levaram-no até ao alto do monte sobre o qual a cidade estava
construída, com intenção de lançá-lo no precipício. “E Jesus, passando pelo meio deles, continuou
seu caminho” (Lc 4,29-30). O homem perigoso
deve ser totalmente aniquilado. Aqui temos um detalhe: Em Nazaré não há nem
monte nem precipício. O texto de Lucas quer indicar que os judeus queriam uma
aniquilação completa do novo profeta, sem deixar sinais. Percebemos que essa
atitude é muito atual na sociedade que quer acabar totalmente com os traços de
Jesus na comunidade. E o estão conseguindo em tantos lugares. Não se refere a
pagãos revoltados. É a sociedade que viveu a fé cristã e agora quer tirar os
traços de Cristo. Nada de crucifixos, presépios, princípios cristão e família.
As ideologias querem imperar nas escolas, nos meios de comunicação etc. Mesmo
entre os que o escolheram vivem como se Jesus não mais existisse. A recusa tira
a possibilidade de uma vida cristã coerente.
Conteúdo da profecia
Num mundo de tantas ideias nós
podemos ficar perdidos procurando o que falar e que caminhos seguir. Basta
lembrar os tempos de eleição. Quanta radicalização em pessoas ou partidos. Nós
cristãos, infelizmente, nos dividimos e nos esquecemos que temos um caminho, de
todos o melhor (1Cor 13,31). Não queremos
partir do Evangelho. Esse é o conteúdo da missão. O apóstolo Paulo nos diz com
toda segurança, que o amor é o maior. Não tendo esse, não chegamos a nada. A
profecia não é para fundar uma religião, uma igreja, um grupo particular. É
para levar Jesus e seu Evangelho. Em Nazaré Ele foi claro e não voltou atrás.
Passou entre os que queriam destruí-lo, como também seu programa. Não se trata
de fazer um partido, mas estar acima dos pensamentos do mundo que fracassam
sempre .
Leituras: Jeremias 1,4-5.17-19;
Salmo 70;1Coríntios 12,31-13,13; Lucas 4,21-30.
Ficha: nº
1828 - Homilia do 3º Domingo Comum (27.01.19)
1.
Os judeus passaram da admiração para a recusa mortal de Jesus.
2. Quiseram anular totalmente Jesus,
na simbologia do precipício.
3.
O conteúdo do anúncio é o amor.
Eu estou contigo
Jesus, na sinagoga de Nazaré,
mostra sua missão: renovação total. E diz que é Nele que estão as soluções. O
povo, ciumento, não gostou, pois era um quem nem eles. Então não devia prestar
também. E botaram Jesus para fora da sinagoga para destruí-Lo, jogando do
precipício. Jesus, passando no meio deles foi embora.
A Boa-Nova não agradou.
Nem o profeta Jesus servia para eles. Preferem a mesmisse de sempre. A sociedade
atual tenta todos os caminhos, mas não é capaz de aceitar Aquele que pode
trazer a paz, dar a vida e ser uma fonte que jorra. Então... chispa no deserto
sem água e cheio de serpentes. As nossas escolhas têm seus bons e maus
resultados.
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