Padre Luiz Carlos de Oliveira
Missionário Redentorista
COM O
CORAÇÃO DO PAI
150
anos de proteção
Vamos iniciar a reflexão sobre um
documento que o Papa Francisco escreveu comemorando os 150 anos da declaração
do Papa Pio IX declarando São José como Padroeiro da Igreja dia 08 de dezembro
de 1870, cujo título é: (Com o Coração do Pai – Patris
Corde).
O Papa Francisco diz que quer “deixar a boca falar da abundância do coração”.
Não é um tratado, mas uma reflexão de filho. Pio IX escrevera: “Agora,
nesses tempos tristíssimos em que a Igreja, atacada de todos os lados pelos
inimigos... os Veneráveis Bispos de todo o mundo católico dirigiram ao Sumo
Pontífice as suas súplicas e as dos fiéis por eles guiados, solicitando que se
dignasse constituir São José como Patrono da Igreja Católica. Tendo depois, no
Sacro Concílio Ecumênico do Vaticano I, insistentemente renovado suas
solicitações e desejos, o Santíssimo Senhor Nosso Papa Pio IX... para confiar a
si mesmo e os fiéis ao patrocínio do Santo Patriarca José, quis satisfazer os
desejos dos Excelentíssimos Bispos e solenemente declarou-o Patrono da Igreja
Católica, ordenando que a sua festa, marcada em 19 de março, seja de agora em
diante celebrada com rito solene”. Celebrando
os 150 anos dessa declaração, o Papa Francisco escreveu: “Para partilhar
convosco algumas reflexões pessoais sobre esta figura extraordinária, tão
próxima da condição humana de cada um de nós”. Declarar São José Patrono é
reconhecer seu permanente lugar e sua missão em nossa vida cristã.
Patrono
da Igreja Universal
Papa Francisco afirma: “Depois de Maria, a
Mãe de Deus, nenhum Santo ocupa tanto espaço no magistério pontifício como
José, seu esposo. Os meus antecessores aprofundaram a mensagem contida nos
poucos dados transmitidos pelos Evangelhos para realçar ainda mais o seu papel
central na história da salvação: o Beato Pio IX declarou-o «Padroeiro da Igreja
Católica», o Venerável Pio XII apresentou-o como
«Padroeiro dos Operários»; e São João Paulo II, como
«Guardião do Redentor». O povo invoca-o como «padroeiro da
boa morte». São José já é tudo
isso e muito mais, por ser aquele que foi tido como o pai de Jesus. Mas é bom
para os cristãos reconhecerem a presença desse homem em suas vidas. Temos que
ver que o Papa Francisco não quis arranjar mais um serviço para S. José, mas
lembrar aos cristãos o que Deus fez a esse homem simples, mas vigoroso em prol
da Igreja e dos fiéis. Ele foi o primeiro a acreditar nessa missão. Acolhendo e
cuidando do filho que era Filho de Deus e de sua Mãe, está acolhendo todos os
irmãos. É um cristão especial. Ele está na linha
dos patriarcas. O evangelho fala pouco dele, pois já se sabia ele quem era.
O
povo devoto
Podemos perguntar qual a razão de S.
José aparecer tão pouco na bíblia? O Evangelho anuncia a missão de Jesus, passa
seus ensinamentos para a Salvação. Como Maria, ele cumpriu sua missão e viveu o
Evangelho Vivo. Os textos do Evangelho não falam do que é obvio e já conhecido
e vivido pela comunidade primitiva. Está unido à infância de Jesus. Este é reconhecido
como seu filho. Dá a impressão que ele é o primeiro fiel a viver os
ensinamentos de Jesus. Com Maria, formou o coração e a mente humana desse
Menino. Ensinaram como Jesus deveria ser em sua missão. Vemos aí seu lugar
privilegiado no Mistério de Jesus. Não é só uma devoção, mas um conhecimento e
reconhecimento de sua missão. Ele se liga ao Pai em seu ministério como pai de
Jesus.
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