Padre Luiz Carlos de Oliveira
Missionário Redentorista
Culto digno de
S. José (11)
Culto bíblico
Prestar culto a
S. José é a resposta que damos diante dos personagens que Deus associa a Si e
estão unidos ao culto Divino. Não há culto que não seja a Deus, por Cristo no
Espírito, na intercessão de seus santos. Deus é adorável em seus santos. Os
santos são todos os que Deus amou e que O amaram nos irmãos. O amor a Deus não
é só de pensamento. Como a Salvação foi na pessoa do Filho, o culto se torna
real quando segue a Palavra de Deus. Jesus é a última Palavra de Deus ao mundo.
Ele deixou claro o que o Pai espera de todos nós. Todo culto tem o fundamento
bíblico. José cumpriu o projeto de Deus de acolher o Filho Divino que germinava
no seio de sua esposa assumida. Cultuar José é tomar suas atitudes de
obediência à comunicação de Deus por meio dos sonhos. Sonho não se trata só de
uma realidade incontrolável quando estamos fora do consciente. É o acolhimento
à inspiração que Deus que o homem percebe quando sabe identificar Deus nas
realidades da vida. Era assim que os patriarcas agiam. Mesmo nós, não estamos
distantes desta realidade. Podemos, como José, ser dóceis às inspirações do
Espírito Santo no dia a dia. Discernimos o bem e o seguimos. Lembramos os
sonhos de José do Egito. Sabia discernir os caminhos de Deus nos caminhos dos
homens. Sabia ler sua vida como um caminho de Deus para a salvação de sua
família. S. José está entre os patriarcas, mas também entre os primeiros
discípulos. Quanto não terá aprendido de sei menino Jesus!
Culto da Igreja
A realização do que se celebra uma
das características muito importante da liturgia. As palavras anunciam e o rito
atualiza. É a manifestação do único mistério de Cristo em suas mais diferentes
situações. Por isso é importante que o culto conduza sempre a atualizar, não
somente lembrar. A memória é atualizante. Referente a S. José há os momentos
litúrgicos e os momentos devocionais
que decorrem da liturgia. Temos a celebração de um mês voltado à sua celebração.
Nas quartas-feiras temos um dia da semana para essa memória. A Igreja oferece
dois dias de celebração festiva: dia 19 de março, e dia 1º de maio, dia do
trabalhador. Já no século IV S. Helena construiu-lhe uma capela em Belém. Por
poucas notícias percebemos que o culto a S. José segue a vida da Igreja,
continuando, como é de seu estilo, silencioso e discreto. A liturgia apresenta
as missas votivas que podem ser usadas nos tempos comuns, como uma opção
devocional litúrgica. Aliás, nós nos tornamos muito dependentes dos livretos
que nos tolhem a liberdade de usar das riquezas da liturgia, como o caso das
missas votivas.
Culto do coração
Somos sempre convocados a seguir o
exemplo de S. José. Não há muito interesse em seguir essa recomendação, pois
ela nos leva a viver na humildade, no silêncio, naquele papel simples de
servir. Ele se cabe tão bem em todos os lugares que nos esquecemos de sua
presença. Somos tocados pelo orgulho. Até na vida de santidade, temos a tentação de sermos diferentes. O
orgulho é uma raiz daninha. Nós, no seio da Igreja, sobretudo os “bons”, os
santos, são diferentes dos outros. Raiz do orgulho! Aqui temos o fundamento
para um culto digno: imitá-lo em seu em sua discrição e escondimento. Assim ele
pode educar o Filho de Deus e servir a sua querida esposa e mãe de todos nós. A
discrição nos mostra a maturidade: não preciso aparecer para ser. Quanto mais
maduro eu sou mais simples eu sou. Isto é: Viver o mistério de Deus no próprio
jeito de ser.
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