Pe. Valdo Bartolomeu de Santana Pároco da Paróquia Santo Antônio de Junqueirópolis |
Um belo dia
encheu-se de coragem, respirou fundo e entrou na loja. Estava no balcão uma
velha tartaruga, que ficou muito surpreendida com a presença de tal freguesa.
Mas a aranha, sem “papas nas patas”, foi logo direto ao assunto:
- Ando à
procura da felicidade, da harmonia e da alegria, não só para mim; temos levado
uma vida escrava, cada qual a lutar pela sua teia. Quero um futuro de
felicidade.
A tartaruga
ajustou os óculos para vê-la melhor, mediu-a de alto a baixo e, com o lápis
atrás da orelha, dirigiu-se para a seção dos objetos perdidos. Como era
tartaruga levou tempo para preparar a encomenda que a aranha lhe pedia. Por
fim, sempre com os óculos na ponta do nariz, voltou com um conjunto de fios de
várias cores na mão. Entregou a encomenda à aranha sem nem uma palavra; já ia
retirar-se quando a aranha perguntou:
- Mas para que
todos esse fios, de mais a mais de várias cores?
Então a
tartaruga explicou:
- O teu futuro
é algo que só tu podes construir com as várias cores com que se faz a vida. O
fio branco é o principal, o fio do cotidiano, que terás de viver dia-a-dia. O
fio marrom é o fio dos dias sem sol, que te pedem esforço, empenho, constância
e paciência. O fio vermelho, da cor do sangue, recorda-te a luta, a paixão, o
sacrifício de cada dia. O fio azul, da cor do céu, é o fio da serenidade, do
horizonte que te faz caminhar, da alegria de estar juntos. O fio amarelo é o
fio da capacidade de renovar, de enfrentar os acontecimentos, de acreditar na
novidade de cada dia. O fio lilás é o fio da reflexão, do silencio, dos tempos
de deserto, da meditação. O fio cinza é o fio das coisas que não correm bem,
das dificuldades e obstáculos que terás de assumir e vencer. O fio verde é o
fio da primavera, da vida nova, da esperança e do futuro. Pega em todos estes
fios e procura tecer o tapete da tua vida. É da combinação de todos estes fios
que brotará para ti e para as outras aranhas um futuro diferente. Sim, minha
aranha, para encontrar a felicidade são necessários todos estes fios. Eles são
o dom de cada um.
Fonte: Artigo publicado na revista Vida
Consagrada, maio de 2005. Adaptado de A. Torres Neiva.
Reflexão: Felicidade não se compra em
supermercados ou lojas.
É construída,
tecida no dia-a-dia. Alicerçados
Pense nisso.
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